segunda-feira, 10 de março de 2014

A altura em que só ouvi música pop.

Em termos musicais, nunca fui uma pessoa normal, se entendermos por normal ouvir aquilo que nos é dado pelas principais rádios nacionais. Sempre vivi entre os anos 60/70 e 2000 para a frente, nunca fui à bola com os grandes hits, nunca fui muito do mainstream (sim, pretensioso; mas factualmente correcto). Veja-se a RFM, que todos sabemos que pouco mais é do que uma mistura entre a Comercial e a M80. Um grande filão são os one hit wonders que toda a gente sabe de cor, provavelmente dos anos 80 e inícios de 90, de levar às lágrimas. Ontem, porém, era quase só pop. Levei com os ié-iés do Bruno Mars, com a gritaria da Alicia Keys (a gritar daquela maneira, ninguém duvida que está mesmo a arder), com a falta de tudo o que se possa achar música da Katy Perry (eu já tinha visto videoclips, e nunca reparei que aquilo era tão excruciante), com a Miley Cyrus a tentar demolir-me os tímpanos, com as boysband que se acham número um (One Direction, One Republic, mas zero de música) ou Anselmo Ralph, aquela pessoa que apenas tem uma coisa pior que as suas letras: o início dos seus videoclips. E para vocês, meus amigos amantes da MPB, até um assassinato em formato remix cometeram, tudo com a voz da Marisa Monte pelo meio.

Houve uma altura em que só ouvi música pop. Foram três horas muito longas, mas depois começou o relato do Sporting.

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