segunda-feira, 20 de junho de 2011

O que faz falta fazer

Em dia de Marcha do Orgulho Gay, o site Esquerda.net (aquele site brilhante, cheio de ideias para resolver o problema de finanças do nosso país, repleto de alternativas para resolver o problema da Justiça, entre outros) diz-nos o que é que faz falta no nosso país:
“Falta um ministro gay assumido. Falta uma procuradora-geral da república lésbica assumida. Falta um governador do banco de Portugal transexual. Falta um guarda-redes do porto casado com um lateral do Sporting.”

Em boas respostas por esta blogosfera fora, encontra-se a de Helenafmatos, do blasfémias:
“O que fazia mesmo falta a muita gente do BE era sair daquele clube de betos prosélitos constituído pela esquerda das causas. E já agora que tal uma drag queen negra para dirigente do BE? Afinal o economista branco, de olhos azuis e que sabe o que é ser pai já lá está há um ror de anos, não é?"

Confesso que, apesar de gostar da resposta supracitada, nunca me dava ao trabalho de responder a quem ousa achincalhar o grande Sporting Clube de Portugal.

Seguindo a lógica do o que faz falta, ao que parece, Francisco Louça, o coordenador daquele partido cheio de ideias para o país, veio reconhecer em entrevista ao programa Gente que Conta da TSF, que afinal de contas, o BE errou ao recusar reunir-se com a Troika:
"Se fosse hoje teria visto essa reunião com outros olhos”. “A nossa atitude não foi compreendida e isso prejudicou-nos do ponto de vista eleitoral”. “Poderíamos ter tido uma atitude diferente”.

Espero sinceramente que o-discurso-do-esquerdismo-infantil-anti-europeu esteja a mudar. Espero sinceramente que a-peça-que-falta-para-a-normalização-europeia-da-nossa-democracia esteja a chegar. Espero sinceramente que os-revolucionários-de-spa estejam a caminhar para uma futura coligação PS/BE (ou outra coisa nova).

Depois de assumirem este último erro infantil (incompreensão face à decisão do Bloco de não comparecer na reunião com a Troika), vamos esperar se aparecem justificações para erros anteriores, de semelhança infantilidade, como a apresentação de uma moção de censura ao governo Sócrates.

Por fim, apenas me falta concordar contigo Fernando: o teu partido não só não morreu, como está para as curvas. Resto de uma boa caminhada.

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