quarta-feira, 8 de junho de 2011

A direita a entrar com o pé esquerdo...

Concordo absolutamente com o Manuel Castelo Branco do 31 da armada: É surpreendente que a primeira decisão do próximo governo seja a criação de uma nova entidade/organismo para controlar aquilo que deve ser feito pelo Governo e os seus Ministros.

Ó Passos Coelho, deixa-te de merdas. Em vez de acabares com as 42% das empresas municipais que não contribuem para o PIB (isto é, têm valor acrescentado bruto negativo e que na prática retiram valor à economia), crias mais entidades/organismos públicos que não servem para nada.

Assim não vamos lá.

3 comentários:

  1. O papel foi do governo:

    - Grego, que falsificou contas com instrumentos derivados para camuflar valor do défice orçamental,

    - de Sócrates, que afinal o défice não era bem de 4% e afinal o dinheiro só chegava até Junho.

    Trata-se de criar uma autoridade independente, com representação nacional e internacional, para dar total transparência às nossas contas públicas.

    Então fazemos assim:

    Emprestas-me 78 milhões de euros e não te preocupes que eu trato de tudo.

    ... ou então faço questão de te mostrar o que vou fazendo para sair do buraco.

    Um esforço para dar confiança e credibilidade à nossa governação não me parece, de todo, um esforço ingrato.

    E pode vir a ser útil:

    Se o Seguro algum dia pegar nisto, durmo mais descansado.

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  2. * 78 mil milhões.

    Mais:

    Não se trata de um caso de uma instituição sem valor acrescentado. Poderá não contribuir para a contabilidade do VAB, mas se contribuir para demonstrar aos mercados o impacto de uma actuação positiva, credibilizando o esforço de consolidação orçamental e estabilizando o nosso custo de financiamento a níveis inferiores, ora tenta lá calcular o benefício alcançado.

    As outras podem ir para o caralho.

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  3. Percebo o teu ponto de vista. Mas quando eu digo que esta nova entidade não servia para nada é seguindo a lógica que este governo não tem espaço para errar nem tem oportunidade de empurrar despesas/divida do estado com a barriga para a frente (leia-se, aquilo que José Sócrates fez com as PPP ou com as imparidades do BPP+BPN).
    O memorando da troika é duro e difícil de implementar, mas não pode haver espaço para falhar: as contas têm obrigatoriamente que ser transparentes.
    É nessa lógica que eu digo que esta entidade é inútil.

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