segunda-feira, 28 de março de 2011

As eleições democráticas no Sporting (III)

Numas eleições democráticas no Sporting, uns dizem que ocorreram «uma série de inconformidades» e que «a única solução é a impugnação das eleições». Outros dizem que «foi um acto normal».

Numas eleições democráticas no Sporting, um clube que tem milhões de adeptos e dezenas de milhares de sócios, faz-se uma festa ao referir que passaram por Alvalade durante este sábado 14.205 sócios (em representação de 88.530 votos), ao afirmar que foram as terceiras eleições mais concorridas da história do Sporting e as maiores de sempre em número de votos e ao declarar que foi, de facto, um resultado histórico.

Numas eleições democráticas no Sporting, o presidente em exercício da Mesa da Assembleia Geral do Sporting, João Lino de Castro, diz que não há tempo para alterar os estatutos que têm regras e dizem que para se poder votar noutros locais (Núcleos, por exemplo) ou utilizar o voto por correspondência, é preciso que antes seja aprovado em Assembleia Geral um Regulamento Eleitoral. Não havia tempo para isso antes deste acto eleitoral.

Numas eleições democráticas no Sporting, Bruno de Carvalho que tem mais 1536 sócios a votatem nele do que no Godinho Lopes (6047 vs 4511, ou seja, 41.53% vs 30.98%), perde as eleições para o gajo da continuidade porque o que conta são os votos e o Godinho teve mais 360 votos (33.275 vs 32.915 ou seja, 36.55% vs 36.15%)

Numas eleições democráticas no Sporting, um sócio que tenha 25 votos (isto é, que seja sócio há pelo menos 80 anos) é muito mais Sportinguita do que eu que só sou sócio há 14 anos (e que por isso, só tenho 4 votos), porque segundo os estatutos do Sporting, os sócios têm direito a 1 voto ao fim de um ano de filiação. Depois, por cada 10 anos (sem interrupções), adquirem mais 3 votos adicionais, tal como expresso na tabela abaixo.



Numas elições democráticas no Sporting, Lino de Castro esclareceu, ainda, que «as mesas referentes aos 22 e 25 votos [aquelas mesas onde os sócios são mais Sportinguistas do que eu] foram decisivas» para a eleição de Godinho Lopes e foram precisamente estas que ficaram para o fim da contagem.

Numas eleições democráticas no Sporting, não há um regulamento eleitoral nem há supervisão das eleições.

Concluindo, numas eleições democráticas no Sporting, os gajos da continuidade ganham sempre.

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