sábado, 22 de janeiro de 2011

Venha o FMI, quanto antes. (XII)

Este é o último e até faz algum sentido acabar esta rúbrica no número doze. Afinal de contas, este será o número que os portugueses nunca esquecerão. Doze não é mais do que o número de anos que o PS esteve à frente do Governo nos últimos 15 anos.
De facto, não desresponsabilizando o Cavaquismo pelo aumento do “monstro” (porque ele tem culpas no cartório), temos de agradecer aos Socráticos por o terem alimentado ainda mais.
Chegamos a uma altura em que as soluções não são muitas e não são fáceis. No entanto, e concluindo todo a lógica que tenho vindo a montar nos últimos dias (I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X e XI), eu proponho uma solução para acabar com este monstro e para acabar com os lobbies: a entrada do FMI, como bem defende (e defendeu há 2 anos) César das Neves à revista Sábado.

“A entrada do FMI seria um problema para os lobbies”

O economista João César das Neves disse, ao DN, que os lobbies não querem que o FMI intervenha em Portugal. Á Sábado, assegura que, quando este chegar ao país, não cederá a pressões nem a interesses.

A que lobbies se refere?

A situação actual em Portugal é devida, sobretudo, ao facto de termos uma quantidade de interesses que capturaram o Governo. Esses lobbies são de sectores, empresas, sindicatos, funcionários, médicos, professores que criaram a crise do Orçamento do Estado.

Com o FMI em Portugal, haveria um controlo maior?

Quando o FMI entrar não cederá a este tipo de pressões, que neste momento estão a dificultar a austeridade ou a fazer com que a austeridade caia ao lado e não em cima deles. Com o FMI, podia fazer-se o que é necessário sem ceder aos interesses mais influentes politicamente.

Se o FMI tivesse vindo há um ano estaríamos melhor?

Fiz essa proposta há quase 2 anos. Se tivéssemos ido directamente ao FMI, sem sermos forçados pelos mercados, as condições seriam menos graves, porque o buraco seria bastante menor e teríamos tomado medidas mais cedo. O Orçamento de 2010 já era suposto ser austero e não foi.

Acha que ainda não foram pedidos sacrifícios sérios aos portugueses?

A crise até agora só caiu em cima dos desempregados e das empresas falidas, que são uma pequena percentagem. Se este Orçamento for aplicado, haverá subida de impostos, redução de salários e mais gente a sofrer, não esta injustiça que recai sobre os desgraçados do costume.

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