quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mundo ao contrário

Frazão, em primeiro lugar acho que temos que mudar a nossa mentalidade: em vez da cultura do premiar há que estabelecer a cultura do penalizar. Creio que não é assim que se salientam "os valores da condução automóvel segura” nem é assim que se promovem os valores de nenhuma sociedade cívica.

3 comentários:

  1. então mas com os vales de desconto deixaram de haver multas/inibições de conduzir/penas de prisão para os infractores? =P

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  2. Ó amigo Fernando, já imaginaste os estabelecimentos universitários a premiar os alunos por não copiar? Ou a EDP a dar descontos aos seus clientes que pagam as contas a tempo e horas? Ou um primeiro-ministro ser premiado por “não mentir”? Ou um ministro ser premiado por guardar todos os documentos relativos a financiamentos enquanto ministro da Defesa? Ou um deputado ser premiado por não roubar gravadores depois das entrevistas? Ou um parlamento ter de pagar viagens a França de deputados que dão moradas portuguesas quando se candidatam à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa?

    Um mundo ao contrário, não? =p

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  3. Colega amigo andré,
    o que queria eu dizer ia de encontro (ou contra) o que referiste num excerto alí em cima, e cito, em vez da cultura do premiar há que estabelecer a cultura do penalizar. Quer parecer-me que a cultura penalizante existe, está establecida e vigora hà bem mais tempo que a cultura que procura laurear o cumprimento cívico (esta que se não fosse novidade, não fazia notícia no i, certamente). Há muito que existe a multa e há muito que existe a pena de prisão... isso insere-se no domínio do penalizar, julgo. O que trata a medida, é premiar quem conduza com 0% de alcool. 0%. Não chamaria irresponsabilidade cívica a conduzir sob o efeito de um ou dois mon cherí's, e apresentar uma taxa de 0.1%, tanto que para esses valores nem existe penalização ao abrigo da lei. Nem penalização, nem vale de desconto. Em linguagem de administrador, é apenas um pequeno bónus...

    Discutamos então os efeitos palpáveis da medida, mais do que tentar debater o apocalipse social que dar vales de desconto provocará, ao desiquilibrar o medir de forças acenstral que opõe penalizar o incumprimento e premiar o cumprimento. Aí sim poderás encontrar desagrado da minha parte, por achar que a grandiosa medida pouco fará além de dar algum prejuízo à ferrero, ao pender na escolha dos chocolates a consumir, a favor dos livres de licor...

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