terça-feira, 4 de maio de 2010

É de mim?

31 da Armada: "TGV: Tentar Grande Vassourada?

Portugal precisa de alterar a bitola das linhas de ligação a Espanha (de 1,668m para 1,435m), porque por via férrea exportamos ZERO para a Europa e porque como está à vista de todos, o famigerado transhipment em Sines por 'falta de capacidade dos principais portos europeus' é uma falácia.
Continuar as ligações comerciais com a Europa em 'TIR' como hoje acontece, só agravará a nossa competitividade - ainda mais no dia em que as emissões de carbono começarem a contar e a doer, lá para 'Quioto II', de 2013 em diante.
O transporte por via férrea precisa de facto de carris com 'bitola europeia', não precisa de um 'TGV', até porque transportar mercadorias a 300Km/Hr é coisa que não existe em parte alguma.
Quanto a transporte de passageiros a esses '300Km/Hr', ir de Lisboa a Madrid em duas horas e meia ou em 50 minutos por avião a 900Km/Hr, ao preço a que as tarifas aéreas estão, ao número de ligações diárias existentes e sendo que os tempos no embarque resultantes das medidas de segurança tenderão a ser semelhantes, é comparação que só dá para rir.
E comparar uma ida de 'TGV' para Paris em 7 horas ou de avião em 2 horas, só dá para chorar.
A propósito: já alguém terá estudado quanto custaria a alteração de bitolas nas linhas da Ponte '25 de Abril' em alternativa a uma terceira ponte?"


Via 31 da Armada.


Agora, por favor, quem for a favor destas obras públicas (sim, porque cortámos meia auto-estrada para reduzir a despesa em números de mil milhões, qual foi o impacto?), mais especificamente do TGV, que me explique?
É que o aeroporto eu ainda posso tentar aceitar, mas nunca agora, a pagar juros altíssimos, é que não temos credibilidade, e não é assim que a vamos ganhar, Sr. Primeiro Ministro.. Mas o TGV que está provadíssimo que vai dar prejuízo? Ainda não perceberam que por estarmos na periferia é que ele não faz sentido? É que na Europa Central é compreensível que viagens de 1 hora sem fazer check in e tudo mais se torne vantajoso, mesmo que de avião a duração seja menor, mas para Portugal? ACORDEM!
E as consequências que vai ter. O desemprego que vai gerar em àreas como os transportes. Para quê tanto dinheiro gasto em auto-estradas?

Ainda assim, quero saber, é de mim?
Quem concorda com o TGV e tudo mais que se explique.. Quero mesmo entender..
(Não me venham com teorias Keynesianas, é que a longo-prazo não vamos estar todos mortos, vai ter que estar aqui alguém a pagar as dívidas, e entretanto quem investe na bolsa, por exemplo, vai perdendo dinheiro!)


Nota: Ainda tenho um post mais abrangente para fazer sobre a Direita e a Liberdade de Aguiar Branco, não me esqueço! :)

24 comentários:

  1. Ninguém que tenha bom senso, bom gosto e golpe d'asa, alguma vez apoiará o TGV no cenário em que nos encontramos neste momento e principalmente na potencial esfera nefasta para a qual, a passos largos, decididos e pressurosos, uma corja de biltres infames nos orienta...

    ResponderEliminar
  2. http://tv1.rtp.pt/noticias/?headline=46&visual=9&tm=6&t=Ministro-das-Obras-Publicas-destaca-efeitos-positivos-do-TGV-em-Portugal.rtp&article=310632

    ResponderEliminar
  3. Ao anónimo das 00:42 nem canso o meu intelecto a responder...

    Quanto à transmissão citada por "palpita-se" gostaria de perguntar se acredita em tudo o que vem nos jornais, revistas, etc... basicamente, perdeu o seu espírito crítico? Ou esse nunca chegou a existir?...

    ResponderEliminar
  4. Como o próprio "Duque de Aveiro" disse em tempos o blog intitula-se de "A Mentira", certo?

    ResponderEliminar
  5. Factus est... caro "palpita-se" curvo-me perante a sua ironia... Permita-me que esclareça o mal-entendido: apenas dos habituais "mentirosos" eu espero alguma mentira, como nunca o vira "postar" (não confundir com pastar, estando isso reservado aos mansos...) por estas paragens e não usando qualquer expressão irónica, depreendi erradamente - mea culpa - que apoiava o dito TGV...

    Mas aqui fica a rectificação

    Os meus cumprimentos

    ResponderEliminar
  6. Errare humanum est (o Governo que o diga)

    ResponderEliminar
  7. Ao anónimo das 00:42 nem canso o meu intelecto a responder...

    ya

    ResponderEliminar
  8. a questão é, se concorda, pode explicar porquê?

    cordialmente,
    ana rita

    ResponderEliminar
  9. Ana, permite-me a familiaridade, mas comentários destes nem sequer merecem quaisquer cordialidades... Nem sei como é que o anónimo conseguiu utilizar um polissílabo na primeira intervenção...
    Enfim... depois perguntam-se porque é que o país só retrocede...

    ResponderEliminar
  10. Em primeiro lugar, há que ter em consideração um discurso relativamente recente do nosso Presidente da República (Expresso – Sábado, 26 de Março de 2010). Embora Cavaco Silva considere que o TGV possa ter alguns efeitos positivos (remotos, digo eu, pelo menos a nível ibérico), a “centralidade” de Portugal já está marcada pela sua localização geográfica (factor endógeno grátis e mal aproveitado). Neste contexto, e já que há um forte desejo e anseio para realizar obras e mais obras, dever-se-ia apostar, de facto, em meios de transporte que ligassem o nosso país ao resto do mundo. No entanto, o mundo não pode ser limitado à Europa: mercado já saturado e extremamente competitivo. Assim, Cavaco sugere que nos viremos para outro lado, aproveitando, precisamente, a periferia do nosso país em relação à Europa, a qual faz de Portugal um país localizado no centro do globo: "Somos uma porta para África, para a América Latina, para a América do Norte. Estamos no centro do mundo global”. A alternativa poderia ser investir em barcos que transportem mercadorias, aproveitar melhor os nossos portos e, eventualmente, se o sonho é efectivamente o TGV, fazê-lo chegar à Europa e não apenas a Espanha porque em França também há ondas altamente! Agora há outra questão: será que é o momento mais indicado para este tipo de investimentos? Claro que não! Aproveito, igualmente, para citar uma opinião dada por um comentador do Expresso:
    “A estratégia será substituir o TGV por uma empresa de carroças puxadas por burros, porque embora não seja tão rápido o que se ganha em economia a todos os níveis compensa a velocidade. Tem a vantagem de ser ecológico, não gastar combustível fóssil e não ser necessário importar, assim como o material para fazer as carroças, os arreios será tudo produto Nacional. Tem ainda a vantagem de ser altamente atractivo para o turismo e vai fazer entrar mais uns milhares.”
    In http://aeiou.expresso.pt/tgv-alta-velocidade-nao-determina-a-posicao-de-portugal-no-mundo=f569488
    Sem me querer alargar mais,
    Até à próxima

    ResponderEliminar
  11. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  12. Aqui está o post que eu estava para fazer...

    Penso que em vez de se gastar vários mil milhões de euros em fazer um TGV que neste momento só nos vai afundar mais (não sou totalmente contra o TGV entre Lisboa-Madrid, mas neste momento realamente...) seria bem melhor aproveitar esta deixa e mudar a bitola das nossas linhas e investir nos nosso portos para que as mercadorias que se dirigem para a Europa possam entrar neste rectângulo a beira mar plantado (que tanto jeito da para os navios) e possam seguir por fia férrea para o resto da Europa, animando a nossa economia tanto na mudança das linhas férreas como na reabilitação dos portos. Bem sei que isto ia mexer com muita gente ligada ao sector dos transportes rodoviários mas para isso é que são necessários políticos com corregem para que as coisas possam mudar, e não este que até agora pouco tem feito!

    ResponderEliminar
  13. bitola é uma palavra tão engraçada que devia deixar-se a linha férrea como está só para não parar de ser dita

    ResponderEliminar
  14. André... vá lá, um bocadinho de espírito crítico... mudar bitolas? Mas tu achas que mudar uma bitola é como mudar as agulhas de uma linha?... és contra o TGV, mas mudar bitolas é que é... enfim...

    ResponderEliminar
  15. nao querendo estragar o debate que aqui se gerou gostava muito de ficar esclarecida se o duque de aveiro é de relações próximas com algum dos mentirosos....

    ResponderEliminar
  16. Não Catarina. Isto pelos lados da mentira e so bolsos furados. não temos direito a ter relacionamentos com duques!

    ResponderEliminar
  17. Kay, perdoa-me mas fiquei intrigado com a tua pergunta.

    Prende-se pelo facto de tratar os meus interlocutores na 2ª pessoa? É uma mera questão de estilo e preferência. Basta que alguém me diga que se sente incomodado por isso e mudarei o meu registo.

    De resto, não percebo qual o interesse que se possa ter em saber se me relaciono com algum dos elementos que compõe o painel de mentirosos...

    Oliveira, lá por se ser Duque não significa que se seja mais ou menos abonado monetariamente... e principalmente eu não escolho os meus interlocutores pelo cartão de crédito... tanto assim é que me proponho a vir ao vosso blog de supostos "tesos" comentar...

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  18. "A Guarda precisa de agitação, de movimento, de coisas novas, ideais loucas, extravagantes… Mas ideias!!!"

    Se és da Guarda, aposto que conheces muitos destes mentirosos. Apenas aposto.

    ResponderEliminar
  19. Ao anónimo das 10.27,

    Não se precipite nas conclusões que toma...não use da mesma rapidez que teve em transcrever uma frase do nosso blog para tecer comentários...
    Não consigo vislumbrar qual o raciocínio lógico que o leva a concluir que sou desta ou daquela localidade.
    Assim como não consigo perceber qual o seu interesse em apostar se conheço ou não os mentirosos... Qual é o valor acrescentado que isso traz ao debate?

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  20. Não vejo que conhecer os mentirosos seja um cartão de visita para a mentira. Apenas me intrigou o facto de aqui participar de uma maneira tão familiarizada (se é que é esta a palavra certa)
    claro que o nosso blog está aberto a todas as opiniões, mas creio que o valor acrescentado vem da humildade e da convicção da opinião ( e se a segunda a tem de certeza, caro duque, a primeira talvez lhe falhe por vezes)
    mas é claro que fico grata que continue a seguir o nosso tão estimado blog.

    ResponderEliminar
  21. Como sabemos, o aumento do Imposto sobre o Valor Acrescentado já foi anunciado, resta saber se este vai ter como consequência um aumento da "humildade" ou da "convicção da opinião". Se, por um lado, num santo dia, o Governo, humildemente, deu a conhecer ao país o inevitável aumento dos impostos que já se havia constatado há muito que ia ocorrer, por outro lado, continua com ideias peregrinas de levar a cabo o santíssimo TGV. Ups, o meio TGV. Portanto, minha cara anafrazaosousa, agora em vez de TGV falaremos em MTgV (o que até musicalmente nos poderá soar melhor!)

    ResponderEliminar
  22. Senhor duque de Aveiro... claro que mudar bitolas não é como "mudar as agulhas de uma linha" mas agora sou eu que digo... um bocadinho de espírito crítico também lhe ficava bem... construir o TGV não é como coser uma camisola!

    E desculpa mas não lês-te bem o meu comentário, eu disse que sou contra o TGV Lisboa-Madrid nesta altura em que se pede contenção de gastos, em relação as outras linhas sou totalmente contra!

    Para "animar" a economia mudar as bitolas apesar de não ser fácil, e caso esse trabalho não seja entregue aos tubarões da construção de sempre, iria ajudar a nossa economia de certeza!

    ResponderEliminar
  23. André Pimenta: "(...) E desculpa mas não lês-te bem (...)"

    lês-te? pensei que isso fosse uma mera conjugação do verbo ler no modo presente do indicativo na segunda pessoa do singular.

    Fica aqui a dica: http://www.conjuga-me.net/verbo-ler

    ResponderEliminar