quinta-feira, 29 de abril de 2010

Importam-se de avisar a ministra da Educação, sff

Daqui a dez anos os meninos que têm agora doze anos vão querer entrar no mercado de trabalho. Um mercado onde não haverá PTs, nem RENs, nem GALPs, nem institutos públicos, nem administração pública, nem subsídios de emprego, nem rendimentos mínimos, nem empréstimos ao consumo, que os valha. Um mercado a sério: difícil, competitivo e selectivo. Onde quem está bem preparado talvez consiga arranjar emprego, casa, carro, ir de férias e fazer compras no Pingo Doce, e onde quem não está preparado, está tramado.

Esses meninos estão agora, hoje, numa escola onde não se chumba, não se exige, não premeia e não ensina.

As gerações futuras, além de terem de carregar com a dívida nacional dos paizinhos e pagá-la, vão herdar uma educação miserável que os está a preparar para concorrer ao rendimento mínimo e não ao mercado de trabalho.

Safam-se os meninos que têm paizinhos com poder económico para poderem escolher as escolas dos filhos e comprar a sua educação. Os pobres, que se tramem. É mais uma conquista de Abril, pá.

[Via Aparelho de Estado]

1 comentário:

  1. Caro André

    Visto teres transcrito esta entrada de um outro blog, sem qualquer apontamento crítico teu, creio que ou concordas em absoluto com o que foi escrito ou então que discordas completamente.

    Porém, vou partir do princípio que concordas (talvez devesse assumir que dado tratar-se de um blog de mentirosos, estivesses sim em desacordo...) e como tal, vou tratar a intervenção como tua.

    As falhas na argumentação começam logo pelo juízo inicial.

    Crês tu, que daqui por 10 anos os meninos (e meninas, suponho...) quererão entrar no mercado de trabalho... Acreditas que esta manada bípede acéfala irá por sua livre recriação querer procurar um Trabalho?

    Nesse caso, admito-te mais utópico do que julguei.

    A geração de 90/91 (não só especificamente esses anos, apenas os uso para balizar a argumentação) já é uma desgraça pegada, com falhas gravíssimas a nível de desenvolvimento intelectual, carregada de vícios que não são admissíveis a quem queira executar um trabalho honesto, brioso e profissional.
    Todavia ainda lhes resta uma leve crença de que se se esforçarem talvez consigam algo… não sei muito bem o quê…

    Espero que vós não vos encontreis nesta descrição e que percebais toda a amplitude da minha intervenção, de contrário, lamentarei o tempo que perdi…

    O esplendor da geração morangos (95/96) manifesta-se pela completa vacuidade mental…

    Aquelas criaturas limitam-se a existir meramente… quais recém-nascidos numa incubadora em corpos de adolescentes caprichosos, resfolegantes por estupidez, quais heroinómanos vivendo de dose em dose de imbecilidade…
    Crêem-se os donos do mundo, pois nunca lhes foi colocada qualquer adversidade, qualquer frustração. Pois se os retiram das suas incubadoras mágicas, esperneiam, gritam “Aqui d’El Rei, que matam o menino”…
    O único esforço ao qual se dedicam é precisamente a não terem de executar qualquer tipo de esforço… e que toda a sociedade deva trabalhar para atender as imposições dos meninos…

    E é esta geração, ou pior, que tu pensas que vai querer entrar no mercado de trabalho????
    Eles (e elas), com 22 ou 23 anos, sem actividade (profissional ou estudantil de nomeada), vão exigir estar sentados em casa dos pais, às 19:00, para assistirem aos MCA série 15, em total paz de espírito, pois não se pode perturbar a pobre “criança”…

    Mas seja!

    Suponhamos que por um golpe do destino, todos esses infames quererão encontrar um trabalho…

    Infelizmente, as empresas que mencionas são péssimas para o efeito da tua argumentação. Todas elas operam em monopólio ou perto de monopólio natural… portanto, só se um enorme mentecapto estiver à frente delas é que haverá problemas.
    Assim sendo, o melhor que lhes pode aparecer pela frente é toda uma geração sem cultura, saloia na pior acepção da palavra (grande abraço para o Ribatejo), sem capacidades, imbecil, à qual se possa perfeitamente oferecer o salário mínimo, pois não sabe nada, e assim descer ainda mais os custos com pessoal…

    Quanto à SONAE, Jerónimo Martins, etc, contratarão os mentecaptos para caixas e repositores, e os lugares de direcção podem perfeitamente ser preenchidos por estrangeiros e pelos escassos portugueses (que os haverá) que sejam bons.

    Quanto ao facto do sector da Deseducação em Portugal estar pela rua da amargura, é óbvio que os mais desfavorecidos estarão impedidos de evoluir socialmente. Os menos pobres economicamente (mas ainda mais despojados culturalmente) ir-se-ão tramar também. São poucas, pouquíssimas as escolas privadas que prestam bons serviços e faculdades, essas (actuais privadas e futuras “semiprivadas” pelas propinas que irão cobrar) são ainda mais escassas…

    E não… isto não é uma conquista de Abril… é o resultado de políticas de senhores (ditos respeitáveis) que batem muito no peito (e na farta pança) para defender Abril… de canalhas de 35 anos que poluem as poucas conquistas de Abril… todos eles, uma cambada de pulhas…

    Ah… que maravilha, seria uma Abrilada que os liquidasse…

    Duque de Aveiro

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