quarta-feira, 22 de abril de 2009

Poesia de Casa de Banho

Considero-me um filho pródigo deste blog, vou e reapareço em manhãs de nevoeiro para pedir mais dinheiro aos pais, e dizer um monte de barbaridades que muitas das vezes me fazem pensar onde é que um ser tão pequenino consegue arranjar tanto material inútil para dizer.

Supõe que um dia decides finalmente perder o medo, e entras numa casa de banho pública para defecar. Supõe também que assim que entras no teu cubículo, coberto com poesia de casa de banho, deparas-te numa situação um pouco constrangedora, tens um padre e um muçulmano, em cada um dos teus cubículos vizinhos.

- então meu filho o que te fez vir aqui hoje confessar os teus pecados?

-confessar os meus pecados?!? Eu vim mas é cagar!

-meu filho que palavra feia de se dizer. Não queres ir para o céu?

-épa, desculpem me meter na conversa mas o nosso céu tem quarenta virgens á tua espera, rapaz. Na minha opinião é muito mais compensador…

-ai é? E quanto ao acto de beber vinho? E cantar?

-vinho e qualquer outra bebida alcoólica. Ficas privado de qualquer um desses “prazeres”!

-posso ter uma palavra no assunto ao menos?

-agora não meu filho. Reza dois pai-nossos e três ave-marias e quando saíres deixa uma grande esmola no ofertório para a remodelação da casa do Senhor que ta a precisar de obras, mais especificamente uma casa de banho nova…

Finalmente soltei o ultimo peso dentro de mim, enquanto eles discutiam qual a verdadeira religião. Saí de lá e um breve suspiro saiu de entre os meus lábios:

-Dai-me paciência, Misericordiosa Ganeesha!

Sinceramente este texto era para ficar pura e simplesmente no segundo parágrafo. Gosto da ideia do “supõe que…” pois dá largas a imaginação do leitor mas assim posso dar-lhe uma conclusão…

Cada religião vende as suas merdas como pode!

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