quarta-feira, 4 de março de 2009

Rúben and the Brain

O dia chegou e nós, com o rabo entre as pernas, conseguimos fugir à aniquilação total. Aos modernos cavaleiros do Holocausto, atirando impostos pesados e impingindo nacionalizações à força (e sem preservativo) ás nobres donzelas Portuguesas. Terríveis, e tão pouco fashion. Ainda assim, escapamos à conquista Mundial. A Mentira sobreviveu mais um dia, e por mais um dia vai vingar. Em jeito de agradecimento formal casámos com mais um Aliado estratégico, que nos salvou a pele revelando a sua estratégia, num psssiu baixinho; nao digas nada a ninguem; não não, não dizemos não te preocupes; mas afinal dissémos. Estragámos tudo, já vão perceber. Rúben. Rúben Magalhães, forte, resistente e com o mesmo sex-appeal com que Sócrates admira os seus computadores intercontinentais, pequeninos, pequeninos. Analista de conjuntura de nicknames do Messenger, trabalha também em part-time enquanto arguementista de filmes pornográficos Húngaros. Possuindo profundo conhecimento de linguagem gestual, em breve apresentará com toda a dedicação um post gravado com fantoches surdos-mudos. Sobre o ciclo da água. Ai, se voçes soubessem como o Rúben adora o ciclo da água...

Bem vindo amigo, que nos brindes com muitas mais mentiras que nem esta:

"Há algum tempo comecei a trabalhar num projecto, inicialmente como hobby, mais tarde em part-time, coisa pequena, apenas por diversão, tendo mais recentemente decidido dedicar-lhe mais atenção e dedicar-me inteiramente à sua realização. A ideia surgiu por mero acaso e em parte pela falha do meu anterior projecto de tentar completar uma caderneta de cromos do Bollycao alusiva a raças de cães. Pensei então em iniciar este pequeno empreendimento de dominar o mundo, mais como uma forma de desafio pessoal do que uma busca por reconhecimento. A princípio deparei-me com alguns obstáculos que quase me fizeram desistir da ideia, mas que com o tempo ultrapassei. Antes de mais, este é o tipo de projecto que se inicia numa garagem, tipo Microsoft e assim, e eu não tinha garagem. Lembrei-me então que também não têm má fama as ideias que surgem numa simples mesa de café e que assim resolvia logo o problema de onde haveria de posicionar a primeira estátua dedicada à minha pessoa, como qualquer Pessoa. Daí ter escolhido um pequeno café com esplanada ali para o centro da cidade. Depois veio a derradeira questão: por onde começar? Primeiramente pensei em começar pelos Estados Unidos, que assim matava-se logo o mal pela raiz, depois o Canadá era facílimo e ainda por cima podia picar os Russos para me ajudarem. Mas tudo o que parecia simples e fácil se veio a demonstrar uma grande complicação. Os Russos não me levaram a sério, o processo para aquisição do visto de dominador na Embaixada dos EUA mostrou-se complicado e burocrático, certa papelada que tive que pedir na Junta de Freguesia nunca mais era autenticada e tudo isto passado em época de exames o que também não facilitou. Mas bem, ultrapassadas todas as burocracias, decidi avançar mesmo sem o apoio dos Russos. Comecei por fazer uma pesquisa exaustiva de tentativas anteriores de dominar o mundo e descobri que não eram afinal assim tão poucas. Claro que nenhuma delas deu certo, mas também na altura não havia Internet e era uma chatice para ir de um sítio ao outro. Depois de engendrado um plano, que disponibilizei até como um pequeno plugin de simulação para o Google Earth, surgiu outro problema de maior. Tudo isto se passou na semana a seguir à Queima e não andava lá muito bem de finanças, que como se sabe a Queima está para os estudantes como a recessão económica mundial está para o clima económico português. Decidi então procurar investidores externos, mostrar-lhes que era um projecto tão ou mais rendoso que o próprio TGV, mas devido à que vem assombrando todo o mundo, todos os empresários que contactei se mostraram adversos à ideia. Desânimo. Lembrei-me daquele Dog Alemão que teimava em não me sair no Bollycao. Lembrei-me de todos os antigos projectos que haviam fracassado. Lembrei-me daquela vez que o garoto gordo me bateu no infantário. E foi essa panóplia de más lembranças de um passado de fracassos que fez surgir um novo ânimo em mim. Seguiu-se uma altura de total dedicação ao projecto. O primeiro objectivo era arranjar financiamento. Organizei festas e mais festas com mini a 50 cêntimos, festa do semáforo, do preservativo, arrematação de ofertas. Tudo! Entretanto recebi uma proposta de patrocínio da Sagres e uma avalanche de e-mails chegavam todos os dias, de todo o mundo, com mensagens de força e de ânimo, a maior parte de pessoas que vinham acompanhando o meu blog, onde eu postava diariamente os meus avanços no projecto. Tudo parecia compor-se. Um infiltrado canino na Casa Branca, as atenções desviadas para os Óscares… Até que uma fraqueza fez tudo ir por água abaixo. Tinha nessa altura amealhado uma quantia razoável de dinheiro e surgiu uma bela oportunidade de o duplicar, triplicar, ou quem sabe até mais. Uma simples partida de Poker. Texas Hold’em. Sentia-me cheio de sorte. Perdi tudo no Cais. Engraçado, que nem cheguei a sair de terra. Um par de ases e um de damas contra um trio de 3. É o que mais me chateia no Poker."

P.S. Leiam a contracapa do Expresso deste fim de semana. Depois de um milénio à procura, por fim revelou-se a cara de Jesus...

2 comentários:

  1. Tenho a impressão que fui eu que ganhei no Poker nesse dia=P*

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  2. ainda que em parte atrasadas, quero com estas palavras dar-te as boas vindas ao barco mentiroso. abraço

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