domingo, 8 de março de 2009

A Mentira Perfeita

Eis uma recém mentirosa que tornou obsoleta a minha pequena apresentação de boas-vindas. Mas não há problema, porque na minha pessoa não guardo rancor e não procurarei vingança (A Catarina é PS!). Pronto, agora já não tenho mais nada a dizer... Apresenta-se mais uma companheira de calúnias, Catarina Ferreira:

"Ora bem, mintamos.
Não falemos nem de política, nem de guerras, nem de fome. Para quê? Meras futilidades num mundo cheio de marcas e rótulos onde afinal o que interessa é ser rica, gira, alta e magra.
Dane-se a política. Se afinal o que importa saber acerca do Barack é fotografá-lo a levar as filhas à escola, a passear o cão, mexericar dias a fio “que horror era aquele vestido da mulher! Ela preta e o tecido verde! Que merda de combinação!”
Vamos então abstrair-nos dessas coisas banais.
Pergunta: “então, enuncie uma das políticas de Bill Clinton.”
Resposta: “Ah, não faço ideia. Mas conhece aquele escândalo do vestido azul? Posso contar-lhe tudo com detalhes de hora, data, número de convidados, ementa do jantar e serviço de copos!”
Gente, acordemos, porque se o nosso papa benze ferraris em vez de devotos e se, hoje em dia, fazer um ovo estrelado sem rebentar a gema já é motivo mais que suficiente para ser canonizado então, não sei não, mas creio que o avanço da sociedade deve seguir numa montanha russa e estamos agora numa fase de looping que, honestamente (desta vez sem mentira nenhuma), me deixa enjoada…
Mintamos então, se é a mentira a ilusão da alma.

VIDA HIPOTÉTICA: acordar bem tarde, num daqueles duplex gigantescos com vista para o mar, com um sol de verão lá fora e um pequeno almoço bem à moda das novelas brasileiras. Criadas para tudo.
• para as crianças
• para o marido (esta sem ser a amante)
• para a loiça
• para a roupa
• para as compras
• para a limpeza
• para passear o cão
• viver dos rendimentos do pai
• comprar chanel e YSL com o dinheiro do marido
• não fazer nada
• ter tempo para tudo
MENTIRA PERFEITA

Três palavras para este mundo: realismo, trabalho, consciência.
S Quino escreveu que o comunismo estava para a sociedade como a sopa para a infância então talvez habitemos uma enorme tigela de sopa, não comunista mas pessimista.
Quanto a cada um de nós, bem, considere-se o que quiser. Eu prefiro ser a gota de limão na canja…um bocadinho de acidez é bom para toda a gente.
Assim se inicia uma mentirosa."

1 comentário:

  1. quando somos pequenos, ás vezes rejeitamos a sopa sem a provar eheh
    uma salva de palmas à kay, que tanto nos promete com esta sua primeira vez

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