quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Identidade Pornográfica

Mais que questões eleitorais, freeports, discriminações homofóbicas ou tumultos sociais, tenho vindo a constatar que o país se depara com uma temática emergente e transversal ás anteriores, que tende a assumir contornos catastróficos: a procura de uma identidade pornográfica.

Em curto espaço de tempo o Ministério Público censurou uma sátira carnavalesca ao Magalhães, sátira que consistia na apresentação de uma série de imagens (supostamente) pornográficas no monitor de uma representação do dito equipamento informático. Um dia após, o Ministério Público recuou e cortou a etiqueta que catalogava de impróprias e pornográficas as tais imagens. Pouco tempo depois, a PSP mandou apreender um conjunto de livros de uma feira, alegando que as suas capas continham conteúdo pornográfico. Um dia depois (e onde já foi visto isto?) a PSP recuou e lá permitiu a exibição e venda dos tais livros.

A questão é séria e peca (infelizmente) por ser pouco explorada nos midia. Tenho para mim que a pornografia está na base da confiança e contentamento da população, por motivos ancestrais e inerentes à própria noção de homem/mulher. Querem então confundir os nossos (dos portugueses) sentidos sexuais e baralhar as nossas opiniões aos assuntos mais devassos.

Talvez, num futuro próximo, sejamos de tal forma privados da imagem de um bom par de mamas que nos vejamos forçados a obter diversão em orçamentos de estado, códigos do trabalho e regimes jurídicos que (desculpem-me a brejeirice necessária ao trocadilho) só nos fodem a vida.

2 comentários:

  1. Está visto que o fernando só pensa na pornografia. Mas basta. Chega a um ponto que chateia...

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  2. ok, o gabinete de controlo de qualidade dos posts do blog registou a tua sugestão e colou-a na parede, ao lado do calendário hustler

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